jueves, 19 de abril de 2012

INSTRUCCIONES WORKSHOP

Por indicación de Antonio Monteiro, os comunico el link para el registro en el workshop

A través del blog iremos dando noticias, indicaciones, etc. Consultadlo con asiduidad estos días.
La EUVG ya está informada de vuestra llegada y os recogerán en Oporto a vuestra llegada el lunes por la mañana.
Para cualquier duda o consulta contactar conmigo en archilla@aparquitectos.com , con Pedro Costa en direccao.arq@euvg.pt o con António Monteiro antoniomonteiro83@gmail.com

PROGRAMA WORKSHOP

Introdução,
em Abril de 2012, pelo segundo ano consecutivo, irá decorrer um Workshop organizado pelo Departamento de Arquitectura e Paisagem (Parq) da Escola Universitária Vasco da Gama (euvg) com lugar no Convento S. Jorge de Milreu, em Coimbra.
O evento prevê um limite de cem participantes (10 estudantes x 8 grupos). A organização destes terá uma estrutura vertical, de modo que preferencialmente, alunos com diferentes experiências e formações possam colaborar entre si.
Cada grupo terá um docente orientador, que será parte integrante da equipa de trabalho. Haverá ainda Tutores convidados que introduzirão temas relacionados com os momentos/fases do exercício, e que criticarão individual e colectivamente os projectos.

Contexto,
este ano o lugar proposto para reflexão e desenvolvimento de propostas é Baía de Santa Maria na Cidade da Praia - Cabo Verde. A escolha do lugar deve-se ao entendimento da Parq para a necessidade de diversificar as experiências dos estudantes de arquitectura – outros contextos, outros recursos, outros métodos – de modo a que estes adquiram uma maior abrangência e elasticidade na abordagem aos problemas colocados.

“Geograficamente, a cidade da Praia pode ser descrita como um conjunto de planaltos e os respectivos vales circundantes. Esses planaltos têm geralmente a designação de achadas (Achada de Santo António, Achada de São Filipe, Achada Eugénio Lima, Achada Grande, Achadinha, etc.), mas o planalto que constitui o centro da cidade é designado coloquialmente de Plateau. A ocupação urbana é feita sobretudo sobre esses planaltos e ao longo dos vales (ribeiras). Há que contar ainda com o ilhéu de Santa Maria, à frente da praia com o mesmo nome, hoje em dia mais conhecida por Gamboa.”

“Durante muito tempo, só o Plateau é que era considerado como sendo a cidade, sendo os outros bairros relegados à condição de subúrbios periféricos, apesar de sempre ter havido uma relação estreita entre o Plateau e os outros bairros (movimentos humanos, trocas de bens e serviços, etc.). É por esse motivo que praticamente só o Plateau é que usufruiu de uma urbanização adequada com infra-estruturas próprias. Os restantes bairros desenvolveram-se organicamente, de um modo um pouco caótico.”

“Depois da independência é que se passou a considerar a cidade da Praia como sendo o Plateau e todos os bairros circundantes. Procurou-se descentralizar e munir toda a cidade de infra-estruturas adequadas. Embora os planos directores de urbanização sejam relativamente recentes, eles já se encontram em curso, e prevêem a expansão da cidade, a norte, na Achada de São Filipe, e a oeste, em Palmarejo. Mesmo assim, o Plateau continua a ser um pólo de atracção dos movimentos diários no seio da cidade, não por ser o bairro maior (cabendo isso à Achada Grande) nem por ser o mais populoso (cabendo isso à Achada de Santo António), mas por ser considerado pelos habitantes como o centro comercial e laboral da cidade. Apesar das tentativas de descentralização, a população continua a considerar os bairros periféricos ao Plateau como zonas-dormitório ou zonas industriais.”

In_http://pt.wikipedia.org/wiki/Praia_(Cabo_Verde)

“O Ilhéu de Santa Maria – mais conhecido por "Djéu" foi, durante o século XIX, um porto carvoeiro, na tentativa de se instalar companhias carvoeiras na cidade da Praia, criando uma concorrência (a partir da ideia da complementaridade) ao Porto Grande do Mindelo. Igualmente o Ilhéu se inscreve no imaginário colectivo ligado a alguns ciclos de fome, servindo, por diversos momentos, como espaço de asilo aos indigentes e famintos da cidade. Só por isso, um empreendimento de tal magnitude teria de considerar, em primeira abordagem e a título de sugestão, a edificação de um grande memorial.

Outra componente a se ter em conta seria a paisagística. A configuração da cidade da Praia, sobretudo o recôncavo que faz a baía, tem no Ilhéu de Santa Maria o seu ex-libris natural.”
 
“Será ocasião oportuna para se demandar a inclusão das preocupações culturais, paisagísticas e ambientais na reformulação do projecto, pois estas não têm preço e transcendem o mais pesado dos investimentos.”

In_http://liberal.sapo.cv/index.asp?IdEdicao=50&idSeccao=533&id=8546&Action=noticia

 
Ensaio para um “Ecological Urbanism” em Cabo Verde,
O departamento de arquitectura e paisagem (Parq) propõe para o Workshop do ano de 2012 uma continuidade na convergência das preocupações ecológicas demonstradas no evento anterior, “ecological urbanism”, e decorrentes de uma procura de metodologias de ensino mais eficazes para o desenvolvimento de uma verdadeira consciência e operacionalidade face aos problemas da urbanidade e paisagem.

Do mesmo modo, a intervenção na Frente Marítima e Ilhéu de Santa Maria na cidade da Praia (Cabo Verde) decorre sob princípios eco - para um urbanismo mais responsável –  e deverá ter em conta as especificidades do local através do reconhecimento dos seus recursos e meios. Uma responsabilidade acrescida, vinculada a apresentar propostas exequíveis para um contexto natural e cultural substancialmente diferente do panorama nacional português.

Reconhecer os recursos existentes e vê-los como uma oportunidade remete-nos para uma “curadoria de recursos”, assim como seu eventual aproveitamento energético transforma a paisagem em “paisagem produtiva” e a sua eficácia “mensurável” na “mobilidade - infra-estrutura e energia”. O carácter dinâmico dos cabo-verdianos e a sua inserção no desenvolvimento das propostas remete-nos ainda para um desejável “planeamento participado” da “cidade e dos seus cidadãos”. Por fim, a identificação dos recursos energéticos, sistemas construtivos e materiais naturais projecta a “ecologia, engenharia e tecnologia” como substância fundamental para a discussão sobre o futuro da cidade da Praia.

È pois, intencional e demonstrável que as temáticas e problemas latentes pelo Parq no evento de 2011 “ecological urbanism” terão aqui a sua natural continuidade, na identificação dos problemas, como nos temas específicos dos exercícios a lançar para as propostas da Frente Marítima e Ilhéu da Baía de Santa Maria na Cidade da Praia, Cabo Verde.


Programa,

o programa de intervenção será circunscrito à Frente Marítima da Baía de Santa Maria, incluindo o respectivo Ilhéu, e resultará da interpretação conjunta de alunos e tutores relativamente às necessidades e potencialidades do lugar.

A cada grupo de trabalho caberá desenvolver um troço do perímetro da Frente Marítima assim como garantir a articulação entre os vários grupos, para isso, será nomeado um pivot de cada grupo mandatado para participar nas decisões estratégicas do plano geral da Baía. Estas orientações terão particular incidência sobre as opções dos programas funcionais para as construções existentes e/ou propostas, no desenho da mobilidade, automóvel e pedonal, e na compatibilidade entre todos os desenhos do espaço público.
Os grupos podem propor alterações ao programa embora a sua realização dependa sempre do aval dos tutores.

Disponibiliza-se o regulamento para as unidades hoteleiras do turismo de Portugal como indicativo das valências necessárias para a eventual implementação deste programa.


Grupos,

a constituição dos grupos de trabalho pretende-se o mais heterogénea possível, deste modo, a  sua formação privilegia alunos de diferentes instituições, diferentes cursos (quando possível) e diferentes anos curriculares potenciando a diferença de experiências para um mais amplo sucesso na sua partilha.

A cada grupo está afecto um troço da Frente Marítima da Baía, os mesmos foram designados por: Porto da Cidade da Praia (troço 1); Encosta Nordeste (troço 2); Praia Norte (troço 3); Marginal Norte (troço 4); Praia Oeste (troço 5); Praia Oeste (troço 6); Península (troço 7); Ilhéu.

A estes troços acresce um grupo formado por Pivots, representantes de todos os grupos, com o objectivo de estabelecer uma compatibilização teórica e formal entre todas as propostas em desenvolvimento.

Requalificação da Baia e Ilhéu de Santa Maria

A proposta deverá planificar todo a envolvente construída da Baia e Ilhéu, enquanto plano de reestruturação urbana, propostas de usos, mobilidades e espaço público.

O desenvolvimento do exercício será apoiado por uma maqueta geral do local, produzida previamente pelo Parq, assim como pela cartografia necessária ao seu normal desenvolvimento.

Os grupos deverão apresentar como resultado final uma maqueta geral, assim, como todas as peças desenhadas para uma completa representação gráfica (planta de síntese e perfis).

De acordo com as necessidades dos grupos, visando a melhor apresentação e representação das propostas, aceitam-se desenhos, colagens, fotomontagens, vídeos, modelos tridimensionais (fotos de maquetas) e outros. Por fim, a apresentação munir-se-á das maquetas e de painéis em formato A1 (até ao limite de cinco), que incluam toda a informação essencial desenhada e escrita para uma completa explicação dos projectos. O modelo de apresentação final será a projecção vídeo (powerpoint).


Temas/Grupos,

Porto da Cidade da Praia (troço 1) – grupo 1

Encosta Nordeste (troço 2) – grupo 2

Praia Norte (troço 3) – grupo 3

Marginal Norte (troço 4) – grupo 4

Praia Oeste (troço 5) – grupo 5

Praia Oeste (troço 6) – grupo 6

Península (troço 7) – grupo 7

Ilhéu – grupo 8

Pivots – grupo dinâmico


A cada grupo de trabalho caberá desenvolver um troço do perímetro da Frente Marítima assim como garantir a articulação entre os vários grupos, para isso, será nomeado um pivot de cada grupo mandatado para participar nas decisões estratégicas do plano geral da Baía. Estas orientações terão particular incidência sobre as opções dos programas funcionais para as construções existentes e/ou propostas, no desenho da mobilidade, automóvel e pedonal, e na compatibilidade entre todos os desenhos do espaço público.


Lista de projectos/conteúdos relacionados:

“Aga Khan Award for architecture”

>  Nail Cakirhan House, Sherban Cantacuzino, Turkey 1983

>  Mughal Sheraton Hotel, ARCOP Design Group / Ramesh Khosla, Ranjit Sabikhi, and Ajoy Choudhury, and Ray Affleck ,India 1980

>  School in Rudrapur, Anna Heringer, Eike Roswag, Bangladesh 2007

>  Kanpung Kali Cho-de, Yousef B. Mangunwijaya, Indonesia 1992

>  Datai Hotel, Kerry Hill Architects, Akitek Jururancang Sdn Bhd, Malaysia 2001

>  Alliance Franco Senegalaise, Patrick Dujarric, Senegal 1992

“Ecological Urbanism”

>  HARMONIA 57 – Triptyque

>  WAVE FARM – Pelamis Wave Power Ltd.

>  SOFT CITIES – Kva MATx

>  THE ZED FACTORY – Bill Durster

>  LA TOUR VIVANTE, ECO-TOWER – Soa Architectes

>  REVOLUTIONIZING ARCHITECTURE – Jeremy Rifkin

>  IN SITU: SITE SPECIFICITY IN SUSTAINABLE ARCHITECTURE – Anja Thierfelder and Matthias Shuler


Bibliografia geral:

>  MCHARG, Ian L.: Design with Nature, American Museum of Natural History by the Natural History   Press, 1969.

>  MOHSTAFAVI with DOHERTY, Gareth: Ecological Urbanism, Harvard University Graduate School of Design, Lars Muller Publishers, 2009.

>  CERRONE, Frederico e ATAY, Simber: Cruzamento do Atlântico Sul, Cabo Verde, Mindelo: Rádio Nova, 1998.

>  RIBEIRO, Margarida Calafate e JORGE, Sílvio Renato (org.): Literaturas Insulares – leituras e escritas, Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe, Edições Afrontamento, Julho de 2011.

>  LEÃO, António: Nos Tempos do Porto Grande do Mindelo, Centro Cultural Português Praia – Mindelo, 2000.


Bibliografia específica:

>  RUDOSFSKY, Bernard: Architecture without Achitects – A Short Introduction to Non Pedigreed Architecture, University of Mexico Press, 1964.

>  ALMEIDA, Germano: Viagem pela história das Ilhas, Editorial Caminho, 2003.

>  AMARAL, Ilídio: Santiago, a terra e os homens, Universidade do Algarve (co-ed.), 2007.

>  SILVA, António Correia: Espaços urbanos de Cabo Verde: o tempo das cidades-porto,  Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses (CNCDP), 1998.



Vídeos:

>  “Éden”, Daniel Blaufuks (doc. sobre S. Vicente, Cabo Verde), 2011.

>  “Pelas Sombras”, Catarina Mourão (doc. sobre a artista Lourdes de Castro), 2010.

>  “O Arquitecto e a cidade Velha”, Catarina Alves Costa, 2004.

>  “Orlando Ribeiro, Itenerâncias de um Geógrafo”, Manuel Gomes e António Saraiva, 2011.

>  “Casa de lava”, Pedro Costa, 1994.


Secretariado e apoio logístico:

>  Alexandre Miguel

>  António Monteiro

>  Carlos Guimarães

>  Myriam Kanoun Boulé



Tutores Parq:

>  Alice Santiago Faria

>  Catarina Almada

>  Carlos Veloso

>  Miguel Pinheiro

>  Patrícia Miguel

>  Rui Florentino

>  Pedro Lemos Cordeiro

>  Pedro Machado Costa

>  Sérgio Fazenda

>  André Campos

>  Nuno Merino

>  Joana Ferreira

>  Pedro Gadanho

>  Paulo André Rodrigues

>  Maria João Fonseca



Tutores convidados/conferências:

>  David Archilla

>  Diego Garcia-Sétien

>  Catarina Sampaio

>  Pedro Trindade

>  Luís Ferreira Alves

>  Carlos Pedro Sant’Ana

>  Joana Mourão

>  Filipe Mónica / Helena Botelho

>  Miguel Figueira



Colaborações Institucionais:

>  ARCA (Escola de Tecnologias Artísticas de Coimbra),

>  ESAD (Escola Superior de Arte e Design, Caldas da Rainha)

>  FAUTL (Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa)

>  ISMAT (Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes, Portimão)

>  ISCTE - IUL

>  Darq  - UC

>  ESAyT

>  Universidade de Cabo Verde



Representantes Institucionais:

>  Pedreirinho (Arca)

>  Filipe Alarcão (ESAD)

>  Amilcar Pires (FAUTL)

>  César Freiras (Ordem dos Arquitectos d Cabo Verde)

>  Josué Elisário (ISMAT)



Agenda Workshop, 23 a 27 de Abril



1º dia>23 de Abril de 2011

10:00; Claustro Mosteiro: Início da Workshop. Após composição dos grupos iniciar-se-á a apresentação do exercício por parte de cada monitor ao respectivo grupo.

12:00; Igreja: Seminário

13:00; Bar: Almoço

14:00; Claustro: Sessão de trabalho

18:00; Encerramento da Sessão



2º dia>24 de Abril de 2011

 9:00; Claustro: Sessão de Trabalho

12:00; Igreja: Seminário

13:00; Bar: Almoço

14:00; Claustro: Sessão de trabalho

18:00; Encerramento da Sessão



3º dia>25 de Abril de 2011

9:00; Claustro: Sessão de Trabalho

12:00; Igreja: Seminário

13:00; Bar: Almoço

14:00; Claustro: Sessão de trabalho

18:00; Encerramento da Sessão



4º dia>26 de Abril de 2011

9:00; Claustro: Sessão de Trabalho

12:00; Igreja: Seminário

13:00; Bar: Almoço

14:00; Claustro: Sessão de trabalho

18:00; Encerramento da Sessão



5º dia>27 de Abril de 2011

10:00; Igreja: Apresentação e Discussão dos Resultados

13:00; bar: Almoço

14:00; Igreja: Continuação da Apresentação e Discussão dos Resultados,

23:00; Festa de Encerramento






Informação Suplementar



Inscrição





nome

morada

e-mail

telefone

instituição de ensino

ano inscrito

estadia*




* - informar se tem, ou não, alojamento em Coimbra.

transporte gratuito assegurado entre Coimbra (Portagem) e Mosteiro de S. Jorge de Milreu.

refeições: no bar / cantina do Parq



Preencher e enviar para ecologicalurbanism.euvg@gmail.com até dia 20 de Abril. Informações em http://euvgparq.wordpress.com/ ou (+351) 963 417 505





Material necessário: O Parq disponibiliza material e equipamento de trabalho geral. Os participantes deverão ainda assim munir-se de computadores portáteis, material de trabalho e papel.



Nota Importante: A instituição terá de ter uma ligação de internet mais estável, acessível e rápida que na anterior workshop.


ANEXOS


 
OUTROS TESTEMUNHOS PÚBLICOS E COMUNICAÇÕES NA WEB:


 
>      Margarida Fontes! Para a jornalista, “a configuração da cidade da Praia, sobretudo o recôncavo que faz a baía, tem no Ilhéu de Santa Maria o seu ex-libris natural”! (Blog “Os momentos”);

>      “Praia Santa Maria”! Segundo a Revista da Câmara Municipal, “no imaginário colectivo, o ilhéu está ligado a alguns ciclos de fome, tendo servido ainda, em diversos momentos, de sanatório para leprosos, ou de prisão”. (N.º 15, Fev. 2006);

>      Konstantin Richter! Para o designer, mestre em urbanismo, doutorando em Planeamento Urbano e Coordenador do Projecto Arqueológico em curso na Cidade Velha, numa pequena troca de ideias, alerta que “o ilhéu é, em toda a cidade da Praia, o território mais virgem, onde, provavelmente, será possível encontrar mais e sucessivas camadas de interessantes vestígios arqueológicos”. (Abr. 2006);

>      César Schofield Cardoso! O fotógrafo defende, em mensagem por e-mail que “o ilhéu (...) que, por acaso, é um ilhéu reserva de pássaros, um ilhéu semi-virgem, um ilhéu fantástico do meu ponto de vista fotográfico, representa um pedaço de cidade (...) importante (...)”. (Abr. 2006). [César, para quando uma exposição sobre o Ilhéu?];

>      Pescadores da Gamboa! Alguns cidadãos testemunham que, para além da demais fauna e flora, encontram-se no Ilhéu alguma espécies de aves como o “Alcatraz (Sula leucogaster), a Cagarra (Calonectris edwardsii), o Rabo-de-junco (Phaethon aethereus)” e, ainda, o Manel-Mangrado. Estas aves que se saiba, ainda não estão sob protecção efectiva, em outros pontos de Cabo Verde. (Abr. 2006);

>      INIDA! Já concluíra o Instituto Nacional de Investigação Agrária, desde há mais de uma década, que essas espécies, ou parte delas, “carecem de protecção imediata sob pena de inevitável extinção”. (Aves de Cabo Verde, 1993, Bird Life International – INIDA);

>      Henrique de Santa Rita Vieira! Segundo nos legou o médico e historiador, “o veraneio dos governadores (relacionado com a insalubridade e o paludismo) não resolveu o problema da Vila da Praia. Foi o Governador António Maria Barreiros Arrobas, assoberbado com a epidemia da cólera que invadiu várias ilhas e fome, que tomou a peito o saneamento. [A ele se deve o Hospital Civil e Militar (..) Mandou nivelar ruas (...) Mudou a casinha dos despejos para a estrada de ligação com a Praia Negra, num ponto bastante afastado da Vila (...) Foi proibida a circulação de gado e porcos pelas ruas (...)] Providenciou um Lazareto no Ilhéu de Santa Maria, para internamento dos indivíduos provenientes da ilha do Fogo onde grassava a cólera. Foram edificadas em 30 horas de trabalho, seis casas espaçosas, bem cobertas e ventiladas, assoalhadas e mobiladas”. (Revista “Construção”, n.º 4, Dez. 2000);

>      Emanuel C. D’Oliveira (Monaya)! O mergulhador e técnico de desporto, escreve que “S. Bento, Calaca, Red Rover, Bom Sucesso, Corona e Urania são alguns nomes de embarcações com algum potencial arqueológico que encalharam no Porto da Praia, maioritariamente no Ilhéu de Santa Maria (...) No lado Este do ilhéu de Santa Maria, encalharam várias embarcações. O fundo desta parte da baía da Praia está repleta de destroços antigos e na ponta Sul descansam os restos do “Urania”, encalhado em 1809. Esse navio fazia parte de uma frota (Real?) que se dirigia ao Brasil fugindo da guerra napoleónica que ameaçava Portugal”. (“A Semana”, 2. Jun. 2006). Monaya já enviara outras preocupações numa mensagem por e-mail: “razões, ambientais, panorâmicas e respeito à pobreza vizinha”. (15. Abr. 2006);

>      Vieira Lopes! O advogado e candidato a Bastonário da Ordem dos Advogados, em breve conversa sobre casinos, monumentos e cultura, refere um Jardim Botânico que terá existido junto à Praia de Santa Maria de Esperança, onde se aculturaram espécies como a batata que em boa hora veio a contribuir para evitar a fome nos territórios de destino. Registámos alguma ideias dessa breve conversa: as ideias de um “Centro de Investigação Ocenológica Internacional; de um Museu da História da Navegação à Vela - Vertente Epidemias; de um Centro de Cooperação Internacional - Biologia Marinha - Alimentação, Recursos do Mar e Futuro da Humanidade; e de uma Catedral do Mar - A primeira Diocese Cristã fora da Europa”. (Jun. 2006);

>      ILHÉU EX-LIBRIS NATURAL! Tanto quanto depender dos cidadãos, o Ilhéu de Santa Maria será a cada dia mais estimado, independentemente de ser ou não ser uma ÁREA PROTEGIDA, tal como seja, parcial ou integralmente, uma PAISAGEM PROTEGIDA, recomendada que pode ser, pelas suas valências ESTÉTICAS e CULTURAIS, consideradas no contexto de toda a Orla Marítima da Cidade da Praia. Ao contrário do que se pode depreender, técnica e legalmente, das “propostas” que vêm sendo incentivadas pelo Governo, inclusivamente, mediante “Convenções de Estabelecimento” (Resolução n.º 13/2006, de 28 de Fevereiro), “Adjudicações provisórias” (Decreto-Lei n.º 34/2006, de 19 de Junho), entendemos que este território ilhéu deve ser desenvolvido e desfrutado por toda a população, SEM DISCRIMINAÇÃO, quiçá, enquanto ZONA VERDE urbana, sem prejuízo, naturalmente, de eventuais intervenções arquitectónicas e urbanísticas que salvaguardam o DOMÍNIO PÚBLICO do Estado, a CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA e a demais legislação. Fazemos votos que o Governo e a Câmara Municipal da Praia saibam e queiram accionar os competentes meios públicos para o Ordenamento do Território, o Planeamento Urbanístico, o Ambiente, as Áreas Protegidas e o Desenvolvimento Turístico, bem como incentivar as parcerias com a INICIATIVA PRIVADA, no sentido de ser apresentada uma ALTERNATIVA CREDÍVEL aos CIDADÃOS, mas também, ao INVESTIDOR e ao INVESTIMENTO em causa.